Mercado De Retrogames No Japão Pode Estar Morrendo

Os colecionadores estão secando as lojas de jogos antigos e raros no Japão.

Ontem, nos republicamos e corrigimos uma matéria que falava um pouco sobre a Super Potato, uma loja que, em meados de 2008, continha 50.000 títulos de jogos antigos, além de hardware e outras coisas relacionadas a retro gaming, em Tóquio, no Japão.

Só que recebemos esta matéria, pelos nossos amigos da página Curtas do Doomguy, mostrando que o mercado não anda tão as boas como a 7 anos atrás e, se você for a Tóquio achando que é o lar da cultura “nerd” e dos games antigos em ótima qualidade, você poderá ficar desapontado.

Como virou moda colecionar jogos pelo mundo, a demanda pelos produtos está limpando as lojas e deixando o que sobrou em preços altíssimos.

A própria Super Potato, uma das mais conhecidas e bem decoradas lojas do mercado, já está apresentando várias prateleiras vazias. Em particular, a popularidade do TurboGrafx-16, conhecido no Japão como PC Engine, sumiu das lojas.

Enquanto isso, as os armarinhos de vidro trancados, que em melhores épocas estavam cheias dos títulos mais raros e colecionáveis, estão cheios agora de games comuns que você achava facilmente nas prateleiras mais comuns, e com preços bem mais caros. Nem o relançamento de títulos antigos para consoles novos, como o jogo Mother, que foi relançado recentemente para o Wii, está estimulando a venda dos originais.

A razão para o desaparecimento dos itens das lojas em Tóquio não é difícil de entender. As lojas sempre tiveram um farto estoque porque os games nunca iam para longe. Os colecionadores os compravam depois trocavam depois que cansavam deles.

Agora, com a popularidade do eBay e outras formas de vendas online, enviar os títulos para fora do país ficou bem mais fácil e comum. Ou seja, os games não saiam da cidade ou do país. Agora, os estrangeiros estão limpando os games e, sem produtos para revender, os estabelecimentos estão sentindo o golpe.

Várias lojas deste mercado estão fechando as portas ou mudando de ramo. Mas as coisas funcionam assim. Imaginamos que deve ser muito legal este tipo de estabelecimento, mas vamos fazer o que? Pedir pro governo proibir o pessoal de vender os títulos pra fora? Tá maluco? Melhor facilitar o processo de compra de títulos de países de terceiro mundo para revender lá, etc.

E depois, quem sabe, quando passar a febre, o pessoal começa a revender as tralhas antigas de novo, e os itens podem baratear.

Vídeo

Abaixo você pode ver um podcast do canal Pat the NES Punk que trata sobre o assunto.