Bodhi Linux

Uma distro que é bastante leve e minimalista!

Bodhi Linux é uma distribuição Linux Lightweight baseada no Ubuntu, que usa o gerenciador de janelas Enlightenment. A filosofia para a distribuição é fornecer um sistema de base mínima para que os usuários possam preenchê-lo com os softwares que eles querem. A primeira versão do Bodhi foi lançada em 26 de março de 2011.

Enquanto, atualmente, vemos distribuições baseadas no Debian mais voltadas para usuários iniciantes no Linux, tem-se investido em centrais de aplicativos com um visual mais amigável. Porém, estas bastante pesadas e mostrando poucas informações sobre os pacotes que estão sendo baixados e instalados.

O Bodhi Linux vai no sentido contrário desta tendência. Seu App Center fica no site da distribuição e no computador temos o Synaptic, que apesar de não ter o visual mais moderno do mundo, conta com recursos muito bons, como gerenciar atualizações e gerar scripts para downloads dos pacotes que desejar instalar. Também mostra claramente tudo o que está sendo instalado, podendo se contar sempre com o Apt-Get e com o Aptitude.

Características em Destaque

É minimalista, vem com pouquíssimos aplicativos, apenas o navegador (Midori), um editor de texto (Leafpad), um programa para gerenciar arquivos, o compactador (File Roller) e o Synaptic. A ideia da distribuição é que o usuário deixe o sistema inteiramente ao seu gosto, sem que fique com um monte de aplicativos que o usuário jamais vai usar; mas esse minimalismo também prejudica usuários iniciantes, pois nem tem aplicativos que criem ou altere dados de usuários em modo gráfico, tem-se que recorrer ao adduser ou useradd pelo terminal;
O ciclo do kernel do Bodhi Linux ainda respeita o ciclo de desenvolvimento das versões LTS Ubuntu, mas em todo o resto do sistema, o ciclo de lançamento é rolling-release, ou seja: sempre terá as versões estáveis mais recentes, seja quanto a interface gráfica, seja quanto a qualquer outro aplicativo que esteja instalado nele.

Interface

Numa época em que as interfaces gráficas atuais das principais distribuições se encontram divididas entre dois grandes grupos: as cheias de recursos, mas que exigem muito de hardwares antigos, e as leves, que oferecem poucos recursos de usabilidade, porém são muito rápidas e rodam tranquilamente em computadores antigos. Daí que o Enlightenment (E17) ganha força, com uma interface muito leve, extremamente personalizável (pode ser usada de desktops e notebooks, e até mesmo em tablets e smatphones), cheia de efeitos e com uma beleza que impressiona. É a interface padrão do Bodhi Linux, que se encaixa perfeitamente no estilo minimalista da distribuição.

Como o Bodhi Linux também mantém versões para a arquitetura ARMHF. Há uma preocupação em se deixar a interface adaptável tanto para notebooks e desktops quanto para tablets e smartphones, mas ao contrário da imensa maioria das interfaces que buscam criar um meio termo, o E17, por trabalhar com módulos, não tem um padrão a seguir. Ele pode ser modificado completamente para se ajustar ao modo de uso.

Seus módulos são um dos principais pontos fortes do E17. Definem os recursos que serão carregados pela interface. Exemplo: para quê ter um monitor de bateria e definições sobre o fechamento da tampa do notebook se a pessoa usa um computador de mesa? Logo, os módulos ajudam a direcionar recursos para o modo de utilização e com isso diminui o consumo de RAM e CPU pois você só ativa o necessário.

Mas devido aos atalhos de teclado fugirem bastante aos padrões de outras interfaces mais populares, pode surgir conflitos com alguns aplicativos como o Inkscape, que quando se começa a digitar, ao invés de aparecer as palavras no campo de texto, ele vai mudando de ferramentas a cada letra digitada, passando para ferramentas de desenho, seleção, etc.